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Um grande poeta - Drummond

Vi pela TV, as homenagens da população carioca ao poeta, Carlos Drummond de Andrade. Muitas rosas foram distribuídas no calçadão da praia de Copacabana, local de sua estátua. Quando eu tiver oportunidade quero ir ao local e quem sabe consigo uma foto com o poeta, ou quem sabe ao seu lado estabeleço algum contato. Ele deve estar um pouco cansado com o assédio para fotos e tanta conversa...Mineiro e tímido. Embora, não sei se era o caso dele, mesmo o tímido quando encontra alguém com quem se identifica o conversê acontece.

Drummond partiu em 17 de agosto de 1987. Na época eu fiquei impressionada com o amor dele por sua filha Julieta. Ela havia partido em 05 de agosto do mesmo ano. Ele não aguentou a dor pois Julieta era o seu amor incondicional. Ele achava que ao morrer seria logo esquecido, pois, era despido de qualquer vaidade. E Ele está vivo na memória das pessoas e nos seus versos, que passam de pais pra filhos, amigos, conhecidos, por toda gente.

Dormia cedo. Eu li que Chico Buarque um dia, ligou para ele tarde da noite e levou um amigo à casa dele, talvez ele tenha sido acordado, não deve ter gostado muito, mas foi educado com o Chico e o amigo...Tinha carinho pelo cantor pois mandava livros com dedicatórias,bilhetes e o encontrava de vez em quando. Disse o Chico que o pai dele, Sergio Buarque e o Drummond quando eram solteiros brigaram por causa de mulher...

De Drummond, Quadrilha:

"João amava Teresa que amava Raimundo

que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre,

Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história."

Recriação da Quadrilha de Drummond por Chico Buarque:

"Carlos amava Dora

que amava Lia que amava Léa que amava Paulo

Que amava Juca que amava Dora

que amava Carlos que amava Dora

Que amava Rita que amava

Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita

que amava Carlos amava Dora

que amava Pedro que amava tanto que amava a filha

que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha."

3 comentários:

Denise disse...

Vivi, eu entendo bem este seguir do poeta à filha amada. Senti o mesmo desejo. Mas lutei por causa da Princesinha. Imagino a dor imensa do poeta.Post emocionante, este seu.
beijo,menina

drang.wordpress.com

Yvonne disse...

Querida, o nosso grande poeta merece todos os elogios do mundo. Uma linda semana para você. Beijocas

O Meu Jeito de Ser disse...

Pessoas como ele, com a sensibilidade que tinha, ao ponto de querer seguir a filha amada até depois da morte, não será esquecido jamais.
Um beijo querida.