Em tempos de tantos perigos, de tantas agressões do próprio homem ao homem, do homem ao meio ambiente, deixo aí, uma música que calculo que tenha uns vinte anos, mas que é muito atual(infelizmente): Matança. O autor é Augusto Jatobá, parceiro do cantador Xangai. E a matança geral, nesse nosso Brasil, muito tristemente continua. O homem precisa saber do coração do próprio homem...Foi à Lua, mas não chegou ao coração do seu semelhante...
Matança - Jatobá
(Cantado por Xangai)
Cipó caboclo tá subindo na virola
chegou a hora do pinheiro balançar
sentir o cheiro do mato da imburana
descansar morrer de sono na sombra da barriguda
de nada vale tanto esforço do meu canto
pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
foi mata atlântica e a próxima amazônica
arvoredos seculares impossível replantar
que triste sina teve cedro nosso primo
desde menino que eu nem gosto de falar
depois de tanto sofrimento seu destino
virou tamborete mesa cadeira balcão de bar
quem por acaso ouviu falar da sucupira
parece até mentira que o jacarandá antes de virar
poltrona porta armário mora no dicionário vida-eterna milenar
Quem hoje é vivo corre perigo
e os inimigos do verde da sombra o ar
que se respira
e a clorofila das matas virgens destruídas bom lembrar
que quando chegar a hora
é certo que não demora
não chama Nossa Senhora
só quem pode nos salvar
É caviúna, cerejeira, baraúna imbuia, pau-d'arco, solva juazeiro, jatobá gonçalo-alves,
paraíba, itaúba louro, ipê, paracaúba peroba, massaranduba carvalho, mogno, canela,
imbuzeiro catuaba, janaúba, arueira, araribá pau-ferro, angico,amargoso,
gameleira andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá .
AMIZADE
Há 16 anos